via Annett
Quanto mais eu clamava misericórdia,
mais e mais ele me matava com seu amor cretino.
E cobria-me de dores dos seus abraços,
seus beijos de espinhos, seus poemas de pudor.
Sempre.
Ele nunca ouviu-me, nunca buscou-me,
queria minhas pernas nas tuas, minha garganta arranhada
de gritos abafados, de calos doentes.
Parou, respingou sangue em mim, amaldiçoou-me.
Cretino, bandido, canalha esse teu amor. Não era amor, era dor,
castigo, pregos que furavam meus pés, os pregos do próprio Cristo.
Dores senti, ainda fazem-se em mim.
Veja meus olhos, encontra as marcas, a verdade do sofrer, do teu amor miserável.
Ao som de Vapor barato.
5 comentários:
Tem gente que é mesmo assim - suga-nos mas nunca dá nada em troca...
cabe a nós nos afastarmos e procurar outro alguém que divida as emoções...
Abraços
Quanta intensidade, Lu.
Quando o 'amor' só traz dor é porque tem algo de errado, talvez não seja amor.
Beeijo*
Boa semana!
Obrigada pela visita e por suas palavras :)
Seu texto é belissimo e pungente!
abraços,
yasmin
Amor bandido!Arrebatador! Mais forte que a maior onda existente no mar.Quanto mais tento escapar, mais presa nele fico.Às vezes parece impossível escapar de suas garras. Amor bandido, um misto de amor, confiança e desconfiança, certezas e incertezas, prisioneira dele sou.
Belas palavras. ^^
Flores!
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