Águas d'alma.

Brooke Shaden

























Mergulhei naquele rio de tempos que passaram por mim
que obrigou-me a crescer alma, crescer de verdade d'uma vez.
Águas frias, quentes, transbordantes de paixão, talvez com
gotas de amores adormecidos pelo tempo e pela distância.
Deixo que seja assim, somente águas. Para que meu rosto
seja tão meu que mostre o que realmente há e há ainda o amor,
a dança da primavera, ainda há as coisas que um dia deram-me
sorrisos e encantos de vida, ainda, ainda há o que deve ser.
Mergulho nua, despida de medo, vergonha e pecado. Das gotas
pagãs banho-me, das outras tantas bebo e derramo sobre mim.
E irei em direção ao rio, porque o mar espera desde ontem. 

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