Tudo que há.


Confissões de um dia frio, de um dia sem amor. 

Um silêncio profundo percorre toda minha pele
 e assim eu percebo minha solidão. 
Os cacos que inspiraram-me a estar e ser
poeta mortal deu seus motivos óbvios e cruéis.
Eu não pedi aconchego. 
As paredes da sala completamente tomada
por toda a razão de ser solidão castiga
visão, deixando tudo pálido.
Faz frio aqui no meu sertão e a chuva
nem gotas de desespero. 
Eu tento. 
As unhas agarram-se em algo, talvez montanhas,
tentando escalar um absurdo de desejo
pra num suspiro ser algo além daqui.
Já foi cor, hoje tons de não sei o que
misturado com um gosto amargo na boca.
Eu relevo. 

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