Iludida.


Pobre criança, pobre criatura
Anda sonhando com um bem
Fantasiando alguém
Que sempre lhe desdém.
Pensa esta num conto
E nem com um espanto
Desperta desse sonho
Que lhe atormenta e lhe deixa tonta.
Respirando lírio de pudor
Que por um acaso
Rimaria com dor.
Pensa ter pujança,
E esquece da infância
Que as historias só era pra criança.
A Branca de Neve fugiu,
Não aguentou os sete.
A Adormecida acordou,
Acordou aos vinte e sete
Foram os anos que passaram
Enquanto a Bela
Ficou muito velha.
Acorda criança
Abre teu olho criatura
Tô escrevendo atôa não
Nem pra pedir perdão
É pra você acordar
E com uma corda
Não quer se matar.
Pobre criança,
Pobre mulher.

Luana Almeida.

Nenhum comentário: