Loucura diária.


Não sei o que poderia definir
ou explicar, por que nem eu mesma sei.
Ando ligada na tv[tento], mas me desligo do mundo.
Os monstros ao meu redor e eu
doce e meiga com eles, cuidando e dando o alimento,
sendo protetora e patética.
[Mania de querer cuidar]
Mas mesmo dessa forma, meu estômago
ainda grita de ódio, tédio,
de fome por você seu moço.
Antenada nas noticias, surpresas... decepções.
Mas se vai e se foi, e dá saudade, e dá fome.
Cadê a tua pele aqui?
Pra ser cortada pelas unhas da louca.
Cadê teus cachos embaraçados?
Pra serem esticados no desejo.
Cadê a tua cara? A verdadeira.
Fome, desejo... agonia,
resumindo... minha loucura diária.
Para ti, flores e morte!

Luana Almeida.

Nenhum comentário: