Amor, só amor por Maria.

                               Ao som de Jeneci
"Meus olhinhos brilham ao lembrar da tua existência."

Sandy


















Minha Maria, por onde andou todo esse tempo? Foi castigo o que fez comigo. Passei frio e fome, morri junto com a abelha que me picou, cresci com a árvore que plantei com papai e nada de você aparecer. Demorou tanto até o dia que mamãe resolveu me levar ao parque... ah Maria!
De longe eu senti teu cheiro de alfazema, vi suas mãos cheias de areia e no teu rosto um sorriso tomava conta, seus olhos brilhavam mais que as estrelas que já contei. 
-Vai brincar filho!
E eu fui, brincar não, mamãe. Eu fui amar pela primeira vez!
Aproximei minhas mãos da areia que te cercava, ameacei dizer um "olá", mas faltou coragem. Ameacei outra vez e você foi mais depressa, sempre mais que eu.
-Já ouviu falar em dragões? Papai disse que eles sotam fogo pela boca. Assim ó. 
E ela começou a ser o dragão, o meu dragão, o mais lindo de todos os dragões. Começou a correr de um lado para o outro e disse que estava voando, eu ri, cai de amores pela Maria. Logo eu também era um dragão, eu era um dragão azul e ela amarelo.
Passamos toda tarde no encantamento do parque, ou do amor. Já era tarde, precisávamos ir. Rezei para encontra-la novamente, jurei a Deus fazer toda lição de casa se a Maria fosse estudar na minha classe, de nada valeu. No outro dia mamãe me levou novamente ao parque, mas a Maria eu nunca mais vi.
Saudade de você, minha Maria. Apareça!

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