Franca |
Clarice levantou-se e sentiu o cheiro do mundo.
Abriu a janela e olhou o que ainda havia, a chuva fina e sossegada depois de uma tempestade durante toda a noite.
Calada do modo em que estava bocejou e imaginou o que faria durante todo aquele dia que começava. Praia nem pensar, o mar deveria estar tão revoltado quanto seu estômago. O parque seria perfeito se ela estivesse disposta a caminhar.
Concluiu que seria melhor voltar para cama e tentar entender o que aconteceu ontem, por um instante sentiu os olhos cheios d'água e engoliu a seco sua primeira refeição, as lágrimas.
Ela sabia que deveria tentar reviver, mas preferiu adormecer corpo e alma só por um dia.
Um comentário:
casulo aberto ainda habitado.
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