Da alegria perdida.


Deixe-me aqui onde estava, no canto do meu canto,
na parede delirante de ser eu mesma, puro só.
Perdoe-me a gentileza, as voltas de carinho e os 
modos de atrações. Perdoe-me por apresentar-me
assim, tão pura de mim, tão eu em loucuras minhas.
Não quis do querer ferir alguém, nem ao menos 
agredir um coração de remorsos, o meu também 
andava fraco, devagar. Despertou!
É que as ruas levam-me pra distante e eu acordo do
sonho, percebo o erro e noto o momento errado.
Não é agora, não pra mim.
Deixo as flores, as minhas flores, delicadas e preenchidas
de todo o carinho que há em mim, meu dengo de ser.
Encoste a porta e não morra de raiva, entenda o tempo,
entenda as horas, os dias. Entenda!
O sufoco maior pegou-me e perdi noção do que seria,
do que poderia nos ser. Não funciona boneca minha
de forma bruta, aos grito, tenha dó dela.
O que prende-me é a magoa, o que destrói é a incerteza
de estar onde estava. Estive e estarei.
Boca seca e o modo desagradável de ser, eu sigo. Perdão.

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