Suficientemente amor.


Deliciosamente meu.
Degusto parte por parte, sem exercícios,
sem esforços, sem dores e imprevistos.
D'um lado eu, d'um outro um pouco mais
distante, colo sobre o meu, tu.
Louças do jantar e os dedos, manchas
nos copos e sopros em velas, 
dinâmica perfeita do querer.
Passos curtos, passos largos rumo 
ao lugar de nosso céu, degustador.
Correm móveis, treme chão, paredes
gritam e teto cai. Cama vira céu, paraíso
escondido em vida, nosso esconderijo.
Teus olhos, meu sorriso.
Sua boca, minha paciência.
Caídos em nós, por cima, ao lado,
por frente, sem desavenças e perdões.
Beijo teu, teu beijo marca os meus.
Coração suplica amor e o teu implora-me
presença eterna. Estaremos!
Olhos, suspiros, sorrisos de alegria,
laços de amor, delírios inacreditáveis.
Adormecemos em nosso céu e n'outro
dia cantamos o amor, a nossa canção.
Virá a Júlia, o Pedro e depois o João.
Nossos frutos de amor encontrarão 
um céu como o nosso, cheio de seus amores.
E ainda dizem que não há amor por cá,
iludidos ser. Quem disse que precisa morrer 
pra conhecer amor?
Morrer de amor é o suficiente.

Palavrinhas depositadas de forma brutalmente amorosa.

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