Cisco.


Azeda. Completamente azeda.
Cheia de meus azedumes estou,
e contemplo a graça de ser assim.
De não eu viro sim, de tudo eu quero
pouco. Apenas gotinhas de mim.
Reajo na multidão e dou beliscos,
ponta pé, socos e gritos. Desperto-me!
Engulo ao extremo, no seco, o talo, o todo.
Restante de tudo é amargo, restante é fim,
restante deixa assim... azeda.
Prefiro ao doce, doce mata de doce.
Queimada, resulta de espera, resulta.
O porto foi todo meu (azedo) por horas,
dias, meses, anos... tempo. 
Chegou e partiu, só dias... tempo pouco.
Saudade fim, tristeza sim, amor aqui.

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