D'um pouco.


Certo ou errado eu não quis,
nada de corda bamba ou muro
por baixo de mim. 
Queria ir além horizonte e 
pescar meus próprios peixes,
enfrentar meus tubarões e 
juntar-me ao perfeito e ritmado
nadar das tartarugas.
Eu não pedi colo, abrigo ou proteção.
Fui eu mesma o tempo que fui eu e
arrisquei cuidar de tudo que havia em mim.
Doeu.
Vieram ondas e tempestades no mar são
absurdamente suicidas, decepcionantes.
Eu busquei uma rede pra mim,
queria estar por mim e esquecer de vez
as dores e amores alheios, eu quis.
Quebrei laços, braços, pernas, perdi total 
equilíbrio e desequilibrei na minha própria alma.
Eu fui coragem, medo, insegurança e decepção.
Mas na verdade eu só fui eu, quis mostrar 
claramente de forma suave pra não cegar, cegou.
Amadureci o suficiente pra cair do meu
"pé de árvore"e tornar-me semente. 
Hoje alimento-me da terra e 
da pouca água que me é dada, sobrevivo.
Agora é hora de crescer e dá os meus frutos e
que seja no (a)mar. 

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