Noite de outono, aqui em casa.
Saudade é pouco,
o que eu tenho aqui é muito.
Primeiro teus pés estavam em direção a mim,
agora ao contrário cada vez mais distante.
Teus pulsos agrediam meus ouvidos
e teus cachos brutalmente possuíam meu respirar.
Era pura tua presença.
O adeus veio junto com as flores,
as velhas flores de nossos aniversários,
das comemorações uteis que tornam-se
lembranças a cada segundo.
E eu no canto pergunto "agora?".
Agora pode ser total diferença,
posso pintar um céu rosa ou
descolorir os cabelos, corta-los.
Agora posso respirar um ar limpo ou
morder as mãos, os braços e o amor.
Agora só importa a mim, fui eu quem ficou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário