Sexta morta.

 
Hoje é sexta
e queria que fosse segunda.
Hoje é sexta
e queria não precisar querer.
Hoje é sexta
e queria ser eterno sábado.
Hoje é sexta
e deito num domingo em mim,
pálido, parado e frio. Morto feito eu.
Hoje é sexta
e a boca escancara um dia frio de domingo,
sem família, sem amor, sem missa.
Hoje é sexta
e eu só queria estar viva,
viva em mim, viva em ti,
viva em alguém.

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