Laura.

Eu fui avisada de minha velhice, meu rosto avisou-me.






















Laura sabia que um dia a gravidade afetaria a sua vida, sabia que um dia perderia suas cores favoritas e que as árvores continuariam no mesmo lugar, porém mais belas do que nunca. Ela não seria como elas, não criaria raízes e não estaria tão bela quanto elas.
Seu marido havia a abandonado a seis meses, seus dois filhos não estavam mais por perto, Pedro o mais velho casou e Iuri estava terminando a faculdade em outro estado. Sozinha, sem companhia invocou-se de que teria um gato, mas pensou melhor não, gatos deixam muitos pêlos no tapete e comem muito, pensou em um cachorro, mas criou um medo deles depois de cinco cachorros terem passado pela sua vida graças a seus filhos e seu ex marido. Pensou em uma ave, seria muita crueldade, trancafiar o que se deve voar. Pensou, pensou e decidiu-se, uma galinha. Sim, e por que não? Era só mudar-se para a fazenda que seus pais deixaram de herança e viveria ela e a galinha. Poderia contratar um criado para cuidar da plantação e da criação de patos do seu pai. Espera um minuto, mas galinha não é uma ave? É? Que importa, será minha Magali.
O nome para a pobre galinha já existia desde antes ela pensar em criar um bicho, seria o nome de sua filha que nunca veio.

5 comentários:

Stº Lorac disse...

O tempo passa, e passa bem rapido.
Muito bom!

Anônimo disse...

Parabéns pelo conto!!!

A propósito,no lugar de Laura eu tb escolheria como companhia uma ave. Mas com certeza não seria uma galinha, porém, um periquito.

Mary.

Luana Passarinho disse...

hahaha
Sempre adorável Mari. Obrigada pelo teu carinho de sempre vim aqui.
Lou amiga, obrigada também.

Flores!

Natália Rocha disse...

E que bom que o tempo passa, passa levando tudo de ruim e às vezes teme em levar coisas boas também.
Que tenhamos uma companhia quando esse tempo passar, um alguém, um cachorro ou uma galinha.
E se eu fosse Laura gostaria de ter um cachorro, são amáveis com todos, amo.rs


Beeijos, Lu!

Kamila Behling disse...

É, o tempo passa, a gente passa...
Apesar de ser meio triste, achei super interessante esse conto =) haha

Beijos, Luzinha!
PAPAI te cuide com uma linda semana!