Não o quero mais, penar.

                       Ao som de Elis Regina
A tua cura, meu mal.

Brooke Shaden

























As pernas de Maria estão amarradas a sua
maldita e inaceitável sorte.
Crer em um deus não a colocaria para
fora daquele penar, daquela prece.
Suplico teu amor!
Não bastava ter suas dores
em casas de ferros que acumulavam
o ferrugem de alma negra,
ela ainda queria viver dessa forma,
no amor bandido de seu ser amado.
Que queres de mim?
Ela entregou seu amor para ele,
mostrou sua alma e lhe contou em seus
olhos tudo o que havia nela.
Veste-me enquanto há tempo.
Colocou-se a implorar que fosse embora,
deixe que ele mesmo vá.
Ela penou, mas soube morrer depois
da forma mais sublime possível.
Não compreendo esse penar,
nunca entendi nada de amar.

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