Deixa-me!

Não é culpa nossa.
























Foi você quem me pediu pra deixar teu mundo e buscar o meu, fui.
Você quis me afastar de tudo que compõem você e teus erros, eu 
aceitei e finge feliz de que seria a melhor saída, mas não é.
Eu tive que ensinar a ti os passos de passos de vida, em vez de você a mim.
Cuidei de suas dores, mas as minhas não foram curadas por você, na verdade
não foi curada por ninguém, porque ninguém estava lá a pontos e riscos esperando
minha chegada com um colo de amor, mas eu o fiz a ti.
Teu tal egoísmo ou ego de existir, ser superior, não te deixa nem enxergar que eu,
assim como você, sou ser de carne. Mas querer que eu esteja aí, mas não por querer.
Queres a humilhação dos teus (que foram teus), querer que eu me atire em tuas plantas
e implore que me ames, não, eu não sei ser assim.
Me odeias, me xingue, cuspa em meu nome, mate minha existência de ti, mas entenda 
de uma vez, a vida não é o que te passa aí, o ser não foi feito pra sofrer de humilhação.
Já fui tua serva, tua escrava, tua sequestrada, mas hoje não, não mais.
Li amo, como todas as primaveras que se passaram em minha vida, 
com dores e paz. Segue e me deixa viver em mim, assim.

Darei teu tempo até compreender.

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