Ao Guri.

Compreendo que... 

Amalia 



















Não depender de ti, mas te ver ao meu lado, como suave brisa de brutal amor, de querido estar.
Vê-lo partir é deixar a morte consumir meu corpo, como doença rara que mata membro por membro.
Se quer deixei-me respirar, pisei aos teus pés e plantei de mim água doce em tuas veias. Basta.
No presente quero por querer que esteja assim, doce como estas. Não te cobro e não me pedes,
não prejudico tua vida e não acaba com a minha. Doce ilusão!
Só de lembrar-me que um dia poderia ter matado toda tua existência, por vaidade ou frescurinhas
femininas eu choro de penar por mim, mas sei que não consumou o fato dito que não foi dito.
Agora o resto não existe, és completo aqui, és tu e eu sou meu eu. Tu não és meu e nem da dona,
ela engana-se e tu sabes. Só de resto que contenta-se, não há resto aqui, há amor.
Há de vir tempestade e primaveras, virá minhas tias e filhas, mas eu irei montar em meu cavalo 
branco e subir aos teus cachos, pouco me importa se limpos ou sujos.
Deixe-me aqui, já lhe deixei. Entenda.

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