Mat'alma.

Sarah


























Seus olhos encontram-se em direção ao rio, o mesmo de seus sonhos.
E a canção insiste em lhe dizer que o caminho é longo, quase se ouve o longo.
Seus cabelos vivos de si e seus dentes desejando um pedaço de carne dos
animais que cercam seu movimento de luz, que lhe dizem o que ser.
Observa a cachoeira que despenca longe dali, sente o cheiro do peixe que lhe
pede ajuda e pouco d'água. Agoniza a hora de vida e bebe seu sangue a beira.
Nunca esperou-se, nunca soube como. Dona do talvez, madame do não.
Agora seus pés, encharcados de areia preta e minhocas que brincam em volta
dos dedos e sobe nas partes de seu corpo, ela torce.
Mergulha nas águas daquele rio, o mesmo que lhe falei e banha-se.
Primeiro teu corpo, olhos e alma. Assim ela vive em meio a sua mat'alma.

Um comentário:

Léo Santos disse...

Só fui compreender e penetrar tua Mat'alma após ler o último ponto final.

Um abraço!