Menino.

Adriano


















Um dia aquele menino abriu o portão e correu em direção a rua.
E o mesmo menino procurou abrigo nas esquinas, buscou alimento lá na igreja do padre Damião.
Todos os dias andava descalço no asfalto e corria ao meio dia para a casa da dona Ana.
A tarde era bola com os meninos do condomínio e fim de tarde era papo com Manuela do apartamento 43.
No escuro que cobria os prédios ele procurava chão, colchão, sapato e cobertor. O seu Bezerra lhe entregava pão e leite.
Todas as noites o menino sonhava o mesmo. Um dia de sol bonito, com seu sapato novo, caminhando pela praia e seus olhos miúdos de sol.
Seu pai ao lado e sua mãe o aguardando para um abraço.

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