Descartáveis.

Andrea Kaiser























Rios de lágrimas, dores sem fim.
Depois novos laços, risos e mais rios
de magoas derretidas em um ser.
De tudo isso eu resumo e assumo: inútil.
Gosto de gostar e depois acabar,
ficar de boca aberta esperando alguém
vir e deixar mel, depois gosto amargo.
Tolos de si! Espero algo que me faça
bem e agrade meus gostos, meus dengos.
Depois vai, depois vem.
Perdi sensibilidade de amor e pratico os
atos de pecados. Desespero.
Perco sono e reconstruo cenas de outras
vidas, só pra suprir a necessidade de ser
feliz, enganada pela felicidade.
Passa... basta!
Sem gosto pra outro, sem gosto pra mim,
sem gosto pro gostar, sem gosto pro amar.
No modo mais cruel... humana. 

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