Consumida.

Mônica

O trabalho escravo é meu e as dores são minhas.
Aposto uma dose de alegria que nem alegria renderá por mim, de pé e sempre em frente.
Tenho tido sorte e tudo que eu tenho são uns trocados e alguns cigarros... cinzas, cinzas de mim, não por dó, mas talvez quem sabe num futuro próximo seja lá.
Onde quero estar é irreal, transbordante de ideias perfeitas e repleto de coisas verdes e lilás.
Queria eu ser a Alice, cair num desses buracos e papear com um coelho, ver coloridos. Só pra fugir desse material materialista, desses seres consumistas. Em paz. 
Desejar nunca foi suficiente, mas as dores nos pegam e levam-nos a alturas inimagináveis, temporal. 
Deito-me e silencio-me. 
Vez mais palavras falaram d'alma, a minha que chora por desprezo, por desmerecimento. 
Amanhã quero sol e doses de amor... por favor!

Um comentário:

Jota disse...

É bonitinho e tal, mas fugir da realidade não é a melhor opção. Enfrentar e lutar nos mais mais dignos.