Há de ser.

                                                                                               Ao som de Milton Nascimento.


Minha poesia cabe na palma da tua mão,
suficientemente delicado e apropriado. 
Perdão! É que meu amor cabe de forma
brutal e inconsciente, instala-se em peito teu.
E o ar que percorre vida minha, hoje busca 
delicadamente teus gostos, gestos e olhares.
Depois eu reclamo por falta de tempo, 
mas quando houver seu riso há o suficiente.
Brisa de teus cachos, alegria em tuas mãos,
delicadeza em estar, felicidade em ter amor.
E reclamo mais e mais por pouco tempo, 
por falta de tempo. Ele é cruel, esse tal tempo.
Enquanto você não chega eu calo e guardo 
tempo, pra ser o suficiente, o necessário.
Saudades de você, meu amor. 
Faça o favor de aparecer logo d'uma vez. 

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