Pra longe.

 
Eu delicada em você,
tatuada dolorosa em pele tua.
Boca pede socorro,
dedos pedem arrego,
peitos chupados dá nó.
E o rio corre por entre pernas,
o mar instala-se nos olhos e
nosso mundo desmorona.
Vagarosa hora,
vagaroso penar.
Armengue total de um amor
fatalmente fatal, brutal.
Teus olhos denunciam que
meus olhos estão nos teus,
pura mentira, bobagem pouca,
os meus olhos inundam-se e
afogam-se por entre tantos erros,
tantas mentiras de bocas vãs.
Eu dedico o mesmo despreso
ao seu ego de ser, de estar.
Eu fui, fui pra longe de ti.

Nenhum comentário: