Parta-me.

Jon Duenas

























Dia frio e alma calma.
Respirar nunca me foi difícil, culpa nenhuma.
É que a vida já me acorda de vontades e meu
corpo morre por desejos que já se vão.
Parta-me ao meio e leve metade de mim,
porque a outra metade será só saudades.
Os goles tomados não resolveram minhas dores,
a revolta não se foi e o amor implanta-se brutalmente.
Me deixe ser, quero ser... saudade.
Que meu tempo cure o desespero de estar,
que teu beijo lave o que ainda há de outros cachos.
Venha buscar a menina do (a)mar que sempre
será tua e que possivelmente poderá morrer por 
estar só, ao desespero de esquecer. 
Parta-me!

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